Bartí­ria, que representa movimentos sociais, afirmou que irão ás ruas fazer pressão pela aprovação da PEC.
Duas propostas para reverter o déficit habitacional no Paí­s foram apresentadas hoje durante o seminário “Colóquio sobre Habitação de Interesse Social”, promovido pela Comissão de Desenvolvimento Urbano. Uma do governo – o Plano Nacional de Habitação – e outra (PEC 285/08), protocolada hoje pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que vincula recursos para a habitação de interesse social.

De acordo com o IBGE, hoje o déficit habitacional brasileiro é de 5,1 milhões de moradias.

A PEC vincula 2% das receitas da União e de 1% das receitas dos estados, do Distrito Federal e dos municí­pios aos Fundos de Habitação de Interesse Social. Pela proposta, os recursos estarão vinculados durante 30 anos – ou até a eliminação do déficit habitacional.

A representante dos Movimentos Sociais de Luta pela Moradia, Bartí­ria Lima da Costa, afirmou que os movimentos sociais vão ás ruas para fazer pressão pela aprovação da PEC do deputado Paulo Teixeira. “Vamos enfrentar todos os que são contra a PEC: empresários, parlamentares, prefeitos, governadores e o presidente da República”, alertou.

A presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, deputada Angela Amin (PP-SC), também avalia que o governo, sozinho, não conseguirá reverter o déficit habitacional. Ela pediu a união dos poderes Legislativo, Executivo e da iniciativa privada – para reverter esse quadro.

Plano Nacional de Habitação
A secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, afirmou que o plano proposto pelo governo deverá ficar pronto no mês que vem. A prioridade é reduzir o déficit habitacional das famí­lias com rendimento inferior a R$ 1.200. A proposta, segundo ela, viabiliza o acesso a financiamento de longo prazo para as famí­lias com capacidade de pagamento mensal. São fontes de recursos do plano do governo: Orçamento Geral da União, FGTS e Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), além de fontes alternativas, como incentivo fiscal.

Inês Magalhães afirmou que o Paí­s necessitará de 28 milhões de moradia nos próximos 15 anos.

O ministro das Cidades, Márcio Fortes, disse ser preciso verificar qual será o melhor caminho para reduzir o déficit habitacional no Paí­s: o plano do governo ou a PEC do deputado Paulo Teixeira. E alertou que antes da execução de qualquer plano para acabar com o déficit é preciso identificar quem precisa de recursos com subsí­dios.

Reportagem – Oscar Telles
Edição – Patricia Roedel

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