XII Encontro Nacional da UNMP discute direito à cidade em Belo Horizonte

O ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda, marcou presença no segundo dia do 12º Encontro Nacional da União Nacional por Moradias Populares.  Na ‘Análise de Conjuntura’ que fez a cerca de 800 presentes, ele fez uma retrospectiva dos movimentos sociais iniciados ainda na época da Ditadura Militar, com o golpe de 1964.

Abordou a supressão de direitos humanos por parte dos militares e o início das políticas neoliberais e abertura do país para os interesses dos grandes capitalistas estrangeiros.

“Na época da ditadura, as revoluções sociais precisavam ser feitas com armas, assalto a bancos e uso da força. Mas, hoje, houve uma evolução e a revolução é democrática. E se opera como uma escada, em que os movimentos vão galgando degrau por degrau”,  disse.

Sobre a corrupção, Nilmário Miranda disse que é preciso enfrentá-la de perto, pois é uma realidade de todos os povos e nações. “Nós criamos uma Polícia Federal forte, uma Controladoria Geral da União forte, o Portal da Transparência. Se o povo tem notícia sobre corrupção, é porque criamos instrumentos eficazes para denunciá-la. E, quando a mídia fala de corrupção, ela nunca fala de quem corrompe, só do corrompido. Nunca fala dos bancos, das empreiteiras, do latifúndio”, afirmou.

O XII Encontro Nacional da União Nacional por Moradia Popular (UNMP) prossegue, neste sábado, no SESC Venda Nova, em Belo Horizonte. Representantes dos movimentos nacionais populares e do poder público, além de delegações de 19 estados da Federação participam deste encontro, que reúne mais de 800 participantes.

Hoje, 26/11, destaque para troca de experiências por meio de 20 oficinas temáticas promovidas pelos estados. Abordagens diversas, com foco nos seguintes assuntos: Moradia é Central, Juventude e Moradia, Gênero e Moradia, Economia, Orçamento Público e Autogestão, Negritude e Moradia, Moradia e Meio ambiente, acontecerão simultaneamente.

No último dia encontro (27/11), os trabalhos vão acontecer de 9h às 12h:30. No encerramento será feita a leitura da carta Latino-Americana e aprovada a agenda de lutas para próximos três  anos.