Tem início nesta quinta (25/7) o XXV Encontro do Foro de São Paulo, uma articulação de movimentos sociais e partidos políticos de esquerda de todo o mundo. O encontro deste ano, que vai até o dia 28/7, é realizado na cidade de Caracas, na Venezuela, e contará com a participação da União Nacional por Moradia Popular (UNMP), representada por Graça Xavier e Felipe Nin.
Neste ano, em um contexto de avanço do autoritarismo e do imperialismo em todo o mundo, o tema do Foro é a luta “Pela Paz, Soberania e Prosperidade dos Povos”. A UNMP integra a delegação da Selvihp – Secretaria Latinoamericana de Vivienda Y Habitat Popular, uma articulação de movimentos de moradia da América Latina. Na sequência do Foro, de 29/7 a 1/8, a Selvihp promoverá um estágio de vivência, com debates, reflexões e atividades relacionadas ao tema da habitação e da questão urbana, com foco na defesa da autogestão. O estágio será na Comuna El Maizal, e compõe a programação a vivência em comunidades autogestionárias e o debate sobre a autogestão como forma de organizar a vida (30/7), além de uma visita à Comuna El Panal e a reflexão sobre experiências de recuperação de edifícios abandonados (veja a programação completa da Selvihp no convite abaixo).
Nesta edição do Foro estão previstos debates sobre o avanço do neoliberalismo, e suas consequências de aumento da pobreza e ameaças à democracia e à paz. Além disso, será analisado o avanço da ingerência econômica, social, política e militar do imperialismo nos países da América Latina e Caribe.
São objetivos do encontro fortalecer a luta pela paz na Colômbia e na Venezuela, e reforçar a luta contra o bloqueio econômico dos Estados Unidos contra Cuba. Outro tema central é a defesa da liberdade do presidente Lula, um preso político.
Espera-se que mais de 125 movimentos e partidos políticos de esquerda participem dos debates, oficinas e seminários que compõem a programação do Foro, que se reúne periodicamente desde sua criação, em 1990, para fortalecer a luta dos povos latinoamericanos por soberania e democracia. A UNMP levará sua mensagem de defesa da democracia, da participação social e de uma política urbana fundamentada na autogestão e na soberania popular.