O déficit foi calculado em 6,273 milhões de domicílios, considerando as mudanças na metodologia. “Com essas alterações metodológicas, conseguimos chegar a uma estimativa mais próxima à realidade”, explica a secretária Inês.

A principal novidade da pesquisa é a mudança metodológica que permite aferir mais precisamente o quantitativo do déficit habitacional. Nas pesquisas anteriores o problema da coabitação ou de famílias conviventes – um dos elementos que compõem o déficit – era apontado por especialistas como um dado que precisava ser aperfeiçoado. Para se ter uma ideia mais precisa do déficit, era necessário descobrir o número de famílias que convivem por opção e, portanto, retirá-las do cálculo do déficit habitacional.

A partir de entendimento entre o MCidades, a Fundação João Pinheiro e o IBGE, foram incluídas duas perguntas no questionário da PNAD 2007 que permitiram separar o grupo de famílias que compartilham uma mesma moradia por necessidade econômica – e que fazem parte do novo cálculo  – do grupo que cohabita exclusivamente por vontade própria – não computadas no déficit.